TODOS OS INFINITOS (versão poesia)
Texto e Foto: João Cândido Martins, 2010
e então
um dia
só me restaram palavras sufocadas
na garganta do desfiladeiro do desengano
precisamente ali mesmo
Quando vi, só me restava
nadar o nado que se nada indiferente
embriagado, sem rumo, a esmo
independente disso
debaixo daquele sol
andando naquela praia
em meio à luz daquele dia
ver você foi meio esquisito
depois de tantos e tantos anos
nada entre nós foi dito
pois só o silêncio
só ele
transita
todos os infinitos
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